OUTRAS ENTIDADES
ESTRELA BÚFALO
A Constelação conhecida como Estrela Búfalo era uma visão familiar para
os anciões do mundo médio, que acreditavam que este pequeno grupo de
sóis distante era realmente o corpo de um grande bisão, que fora colocado
no céu pelo próprio Gan. Estima-se, que o culto a Estrela Búfalo é uma
das religiões mais antigas do mundo médio. Imagens do Antigo Bisão podem
ser encontradas em pinturas em cavernas, não somente no período que
antecede a ascensão de Arthur Eld, mas há mais de mil anos antes do
antigo império.
Embora o culto ao ferido bisão seja extremamente antigo, do período
imediatamente posterior ao Grande Cataclisma, durante a era de deterioração
do Mundo-Médio, quando suas antigas grandes cidades foram reduzidas
a ruínas radioativas, e seus campos férteis foram reduzidos a terras
envenenadas e devastadas, a antiga crença no Deus Búfalo adquiriu um
novo valor. Nas terras envenenadas do Arco Exterior, foi dito que a
“Estrela Búfalo” percorreu as planícies estéreis e de bom grado ofereceu
seu corpo aos sobreviventes, humanos e famintos cuja fonte tradicional
de alimento havia sido envenenada. Alguns contos mantiveram que ele
até mesmo sacrificou seu couro marrom e peludo, afim de que o povo pudesse
isolar seus corpos do frigido e implacável inverno. Por causa dessas
estórias altruísticas, a Estrela Búfalo logo desenvolveu discípulos
e seguidores leais, mesmo em alguns dos Baronatos Inferiores onde a
vida era menos precária.
Hoje, os clérigos membros da Ordem são conhecidos como “Pregadores de
Búfalo”. Vestidos com couros de Búfalo, eles conduzem cerimônias selvagens
que freqüentemente terminam em orgias. Os Pregadores de Búfalo são muitas
vezes criticados pelos de fora pelos seus esforços agressivos para recrutar
novos membros. Essas táticas agressivas conduzem a diversos confrontos
entre os Pregadores de Búfalo e os seguidores de outros deuses.
CHLOE & S’MANA
Desde muito, os habitantes do Mundo-Médio acreditam que a alma pode
se confundir ou se perder em seu caminho para a clareira, assim, invocações
dos muitos deuses protetores da morte do Mundo-Médio é uma das partes
centrais dos ritos fúnebres. Acreditava-se que invocando a divindade
apropriada, amigos e familiares podiam partir de forma segura, visto
que os deuses da morte os guiariam para a outra vida e os protegeriam
de qualquer força maligna que tentasse impedir seu caminho para a paz
e o descanso.
Dentre todas essas orações à Chloe, Deusa da Força Espiritual, pedia-se
que a fortificasse a alma que partia com uma pequena porção de sua própria
bravura. E depois, pedia-se à S’mana, a deusa da reconciliação e do
perdão, que restaurasse a alma com o sentimento da harmonia espiritual.
Abençoado por essas duas divindades, o espírito recém partido podia
se reunir com seus muitos amigos e familiares que o esperam na clareira.
A oração a seguir, com o nome daquele que se foi inserido, é uma das
mais comuns recitadas em funerais:
"O tempo voa, os sinos tocam, a vida passa, então escute minha
oração.
Nascimento não é nada senão o início da Morte, então escute minha oração.
A Morte é sussurro, então escute meu sussurro.
Este é meu amigo, que serviu o Ka e o seu tet. Diz a verdade.
Que o olhar complacente de S’mana possa curar seu coração. Digo obrigado.
Que os braços de Gan possam elevá-lo das sombras dessa terra. Digo obrigado.
Cerque-o, Gan, com Luz.
Preencha-o, Chloe, com força.
Se ele tiver sede, lhe dê água na clareira.
Se ele tiver fome, lhe dê comida na clareira.
Que sua vida nesta terra e a dor que esta sentindo torne-se um sonho
para sua alma que acorda, e deixe cair sobre seus olhos a mais linda
visão;
Permita-o que encontre os amigos que perdeu, e permita que cada um cujo
nome ele chame, o chame de volta.
Este é meu amigo, que viveu bem, amou aos seus, e morreu como o ka determinou.
Cada homem encontra sua morte. Este é meu amigo. Dê-lhe paz."
SELENA & MORPHIA
Selena e Morphia são duas das perigosas deusas da morte do Mundo-Médio.
Morphia também é conhecida como Filha do Sono, e Selena é chamada Filha
da Lua. Em algumas tradições locais, Morphia também é chamada como Dama
da Lua Negra. Em outras palavras, ela é a deusa da escuridão e da lua
– a hora dos feitiços de banimento e da magia negra. Ambas as divindades
são mulheres bonitas e sedutoras.
Selena e Morphia compartilham de propósitos similares. Ambas seduzem
os homens às portas da morte para segui-las até a clareira, muitas vezes
antes de sua verdadeira hora ter chegado. Aqueles que sofrem de feridas
infectadas ou aqueles que estão muito doentes são advertidos de que
podem ser abordados por uma dessas atraentes mulheres. Qualquer uma
das duas que apareça, vai falar como a morte é relaxante e prazerosa,
e depois ira oferecer sua mão. Seduzidos pela beleza da divindade à
sua frente – e pelas suas promessas de sono sem dor e abraços macios
- os homens aceitam acompanhá-las para o outro mundo, sem perceber que
é o seu espírito que as acompanha para longe da terra, não seu corpo
físico.
RAINHA DOS DIAS VERDES
A Rainha dos Dias Verdes é a deusa da primavera do Mundo Médio. Nas
artes tradicionais ela é normalmente ilustrada como uma jovem bonita
e fértil, adornada com uma coroa de frutos e flores, vestindo uma túnica
de folhas verdes. Ela é adorada pelos fazendeiros do Mundo Médio e é
a patrona filhotes de animais e de crianças, incluindo as recém-nascidas.
Apesar de seu culto não ser espalhado pelas cidades do Mundo Médio,
a importância da Rainha dos Dias Verdes é ainda reconhecida durante
os Dias de Feira da Terra Plena (o festival de fim do inverno, que marca
os primeiros sinais de nova vida) e os Festivais da Plantação, quando
as primeiras culturas são semeadas. Durante esses festivais, cestas
de raízes e frutos são oferecidas para a Rainha na esperança de ganhar
sua gratidão.
Nos tempos antigos, a Rainha dos Dias Verdes era venerada com festivais
de fertilidade. Jovens vestidas em túnicas verdes dançavam nos campos
da primavera. Logo se juntavam a elas rapazes vestidos de amarelo, que
representavam o sol. Esses casais copulavam nos campos, e assim, asseguravam
a fertilidade da terra. Qualquer bebê gerado nessa época era considerado
extremamente sortudo.
Apesar de tais rituais abertamente sexuais ainda serem praticas em regiões
remotas do Mundo médio, na maioria dos lugares esses rituais de fertilidade
se tornaram simbólicos. Durante o Festival da Plantação (também conhecido
como Festival da Nova Terra e Commala Fresca), rapazes e moças tomam
parte no Dia de Feira em uma dança conhecida como Cotilhão da Noite
da Plantação. Os passos intrincados e geométricos da dança lembram um
ritual de cortejo. Como a maioria dos demais deuses do Mundo Médio,
acredita-se que a Rainha dos Dias Verdes também é amante da antiga arte
de adivinhações. As charadas são uma parte importante do Festival da
Terra Plena, pois acredita-se que esses estimulantes da mente acordam
a Rainha de seu longo sono de inverno.
NIS
Nis é o nome do benevolente deus dos sonhos do Mundo Médio e da terra
do sono por onde ele vaga. O grande cavalo cinzento do Rei Rubro também
é chamado Nis, apesar do Rei Aranha do Fim do Mundo ter roubado esse
epíteto para sua montaria, na esperança de que isso o ajudaria a cavalgar
nas mentes dos humanos adormecidos e invadir seus pensamentos.
Sempre que uma pessoa tem uma epifania ou um momento súbito de grande
criatividade, Nis – que também é reconhecido como deus da sabedoria
e inspiração divina – é citado como a fonte. De fato, Nis recebeu créditos
por inspirar homens proeminentes através da história do Mundo Médio.
Muitos defendem que foi Nis que inspirou Arthur Eld a unir os governos
do Mundo Médio e reconquistar a terra para os homens. Nis também recebe
crédito por ajudar a gerações de bardos na Grande Crescente na criação
de canções da Commala e danças que logo mais se espalhariam para todas
as regiões do Mundo Médio.
Sempre que um homem fica em coma ou perde a consciência, acredita-se
que sua mente está abandonada na Terra de Nis. Isso não se deve à nenhuma
malevolência pela parte de Nis, mas sim porque a mente mortal é facilmente
atraída pelos estados de atenção experimentados dentro do plano extradimensional
de Nis. Quando isso ocorre, preces e oferendas são feitas para Nis na
esperança que ele guiará o espírito inconsciente de volta para o Mundo
Médio em sua próxima peregrinação noturna no reino dos mortais.
RAF
Como o Lord Seminon, que é a personificação das tempestades de inverno
que varrem as fronteiras do Mundo Médio, Raf é um deus do vento. Os
habitantes das vilas costeiras dos Baronatos Interiores dizem que Raf
é tão rápido que pode correr através do Mar Limpo sem romper a superfície
da água e afundar. Muitos nos Baronatos Oeste acreditam que os tornados
destrutivos que assolam a terra são na verdade Raf correndo pelas pradarias.
Mesmo os pistoleiros de Gilead são treinados para serem “rápidos como
Raf” ao sacar seus revólveres.
Nas artes populares, Raf é geralmente ilustrado com asas em suas pernas
e/ou pés. Ele normalmente usa um elmo alado. Raf serve de guia para
os mortos, os guiando para a clareira no fim do caminho da vida.
LORD PERTH
NOME REAL: Lord Perth (primeiro nome desconhecido)
TÍTULOS: Nenhum
APELIDOS: Nenhum
LOCAL DE NASCIMENTO: Desconhecido
OCUPAÇÃO: Senhor da Guerra
AFILIAÇÕES: Nenhuma
PARENTES CONHECIDOS: Nenhum
EDUCAÇÃO: Desconhecida
HISTÓRIA: Um antigo poema sobre Lord Perth é recitado
em todo o Mundo Médio. De acordo com a lenda, Lord Perth era um gigante
que seguia para a batalha com mil homens bem armados, mas ainda estava
em seu próprio país quando um jovem menino jogou uma pedra nele, acertando-o
no joelho. Lord Perth tropeçou e o peso se sua armadura o derrubou,
quebrando seu pescoço na queda. Apesar dos contos populares sustentarem
que Lord Perth era de proporções extraordinariamente grandes, em todos
os registros ele era um ser humano, e não um mutante.
O mais famoso verso do poema de Lord Perth é o seguinte: “Então
caiu Lord Perth, e o campo tremeu com esse trovão”. Esse verso
é citado quando algo grande e poderoso morre, ou quando uma força maior
é derrotada por uma menor e mais fraca. Até hoje, tiranos e bandidos
consideram a lenda de Lord Perth de mau agouro, pois ensina que o poder
por si não garante sucesso, e mesmo os poderosos podem ser derrotados
pelas forças do bem, não importa a desvantagem em que elas estejam.
Apesar de pouco se saber sobre o menino que supostamente derrotou o
mais notório bandido do Mundo Médio, a lenda diz que ele era do Distrito
Florestal na parte norte de Nova Canaã. Porém, como sempre acontece
com esses heróis do folclore, muitas área do Mundo Médio dizem ter sido
a origem dele.