Salem (1975)
Ficha técnica
Título Original: Salem
Título Traduzido: A Hora do Vampiro (1980 – 2010), Salem (2013 – Presente)
Ano de Publicação: 1975
Data de Publicação nos EUA: 17/10/1975
Personagens Principais: Ben Mears, Susan Norton, Richard Straker, Donald Callahan, Matt Burke
Cidade da História: Cumberland County (Maine), Jerusalem’s Lot (Fictício – Maine)
Estados da História: Maine
Adaptações: Os Vampiros de Salem (1979)
Derivados: O Retorno a Salem’s Lot (1987) – A Mansão Marsten (2004)
Disponível no Brasil pelas Editoras: Record (1980); Nova Cultural (1988; 1991); Planeta DeAgostini (2004); Objetiva (2006); Ponto de Leitura (2010; 2013); Suma de Letras (2013)
Sobre o livro
Ben Mears, um escritor, acaba de se mudar para a pacata cidade de Jerusalem’s Lot, ou ‘Salem’s Lot, como é carinhosamente conhecida, onde passou boa parte da infância. Ao mesmo tempo em que ele chega, também chega o misterioso Sr. Straker, proprietário de uma loja de antigüidades, juntamente com seu amo, o mais misterioso ainda, Kurt Barlow. Quando crianças e adultos desaparecem, Ben e um grupo de amigos descobrem a terrível verdade, Kurt e Straker são uma ameaça, e cabe a Ben, seus amigos e o menino Mark porem um fim a ela, antes que ‘Salem’s Lot inteira seja dominada pela referida ameaça.
Curiosidades e referências
O título original do livro seria “The Second Coming” (A Segunda Vinda), que não foi utilizado por lembrar algo de tom sexual (“cuming”, algo como “gozada”) . Depois, o título seria Jerusalem’s Lot, o qual não foi aceito pela Doubleday por soar muito religioso. Para encurtar o nome e não optar por um extremo ou outro da moralidade, a editora em parceria com Steve optou por Salem’s Lot.
Desde sua primeira publicação no Brasil, em 1980, o livro se chamava A Hora do Vampiro, mas, em 2012, a editora Suma de Letras mudou o título para ‘Salem, alegando que o título anterior representava um spoiler para a história. A nova edição foi lançada no ano seguinte.
Concorreu no World Fantasy Award for Best Novel em 1976.
A inspiração da novela veio de uma ponderação do que aconteceria se Drácula viesse para Nova York nos dias de hoje. A resposta foi dada por sua esposa, Tabitha: seria atropelado por um táxi. King acabou concordando, mas pensou, e se ele fosse para uma cidade rural?
Também inspirado no clássico Drácula, de Bram Stoker.
King diz que o livro é muito influenciado pela política, pois o escreveu num período de conflitos, entre eles o escândalo de Watergate, e a ligação de Gordon Libby e a CIA. Ele revela que o livro tem mais a ver com “Os Invasores de Corpos” de Jack Finney, do que com o próprio Drácula.
A visão de Ben Mears dentro da casa dos Marsten do seu dono enforcado surgiu de um sonho de King de quando ele era criança. Nele, King entrava num quarto e via um corpo enforcado com uma placa com a inscrição “Robert Burns”, mas quando o vento entrava no quarto e fazia o corpo se virar, era o rosto de King, apodrecido e comido por pássaros. Claro que o pequeno King acordou gritando.
Originalmente a cidade de chamaria Monsom, e o personagem Barlow se chamaria Sarlinov.
Curiosidades com spoilers
Entre elementos rejeitados que não chegaram a ser incluídos na obra finalizada:
Uma conversa entre Ben e Susan sobre a verdadeira natureza do mal;
Uma passagem estendida de Straker entregando seu “sacrifício” ao seu “pai escuro”;
Uma cena em que, depois de ser declarado morto, o vampirismo de Danny Glick seria mostrado mais proeminentemente;
Em vez de receber uma carta de Barlow, os protagonistas receberiam uma fita cassete (com a participação de Susan);
A morte do Dr. Jimmy Cody seria muito mais horrível. Em vez de ser empalado numa armadilha de facas armada pelos vampiros, ele seria comido vivo por ratos;
Mais cenas de vampiros causando o caos; Sandy McDougall é mordida por seu bebê Randy, e Dud Rogers morde Ruthie Crockett. Depois, os vampiros McDougall seriam mortos por Jimmy Cody;
No original, em vez de ser obrigado a beber o sangue de Barlow, o Padre Callahan o esfaquearia, e depois se mataria. Furioso, o vampiro decapitaria o cadáver do padre, e o penduraria de cabeça para baixo;
Em vez de morrer com uma estaca no peito, Barlow morreria queimado pela luz do sol. Mais ratos apareceriam na batalha final.
Conexões
BEN E STEPHEN KING: O escritor Ben Mears diz em uma ocasião que “às vezes, quando estou na cama à noite, imagino que a Playboy está me entrevistando. Pura perda de tempo. Eles só entrevistam autores que fazem sucesso na universidade.” Essa afirmação é autobiográfica, mostrando que Stephen King não acreditava que um dia teria uma entrevista publicada na Playboy. Como curiosidade, ele teve uma entrevista na Playboy de 1983, e mencionou esse trecho para mostrar como era inseguro no início da carreira.
SALEM E CARRIE: A cidade de Chamberlain, cidade natal de Carrie White é mencionada.
SALEM E GATE FALLS: A cidade de Gate Falls é mencionada em um momento da narrativa. Ela vai ser cenário para diversas histórias, entre elas Heart in Atlantis, O Corpo, Blaze, Fúria, The Plant e muitos outros.
SALEM E O APANHADOR DE SONHOS: A estrada Deep Cut, locação em que Henry e Pete se acidentam, em O Apanhador de Sonhos é mencionada.
SALEM E CARRIE: Freddy Overlock é o pai de Juddy Overlock, uma garota que foge com um comerciante em 1957 ou 1958. No livro Carrie ele é acusado por Irwin Henty de ter roubado galinhas de sua fazenda.
SALEM E CARRIE: Jackie Tabolt trabalhava no bar do Dell e um grande amigo de Hank Peters. No livro Carrie, ele foi um dos garotos que ajudou a roubar o sangue de porco.
SALEM E A CASA NEGRA: Dick Curless é um cantor de música country que tem uma de suas músicas tocadas no bar do Dell. Ele volta a ser mencionado no livro A Casa Negra.
SALEM E A HORA DO LOBISOMEM: Clyde Corliss é uma pequena personagem que escapa dos vampiros para morrer seis anos depois pelas mãos de outro monstro, o lobisomem em A Hora do Lobisomem.
SALEM E BLAZE: Charles V. Prittchet tinha uma fazenda em Jerusalem’s Lot. Depois de ouvir que coisas estranhas estavam acontecendo na cidade, ele resolve se mudar. No livro Blaze, um Charles Victor Prittchet é preso pela polícia acusado de sequestro.
Menções e referências a "Salem" em outros livros
Donald Callahan, padre da paroquia de Jerusalem Lot’s, é uma peça muito importante de Torre Negra, inclusive o enredo de Lobos de Calla é considerando a continuação direta de Salem’s Lot.
Vídeos
Edições brasileiras
O livro foi publicado pela primeira vez pela Editora Record em 1980 com o título de A Hora do Vampiro e tradução de Luiza Machado da Costa. Em 2004, o livro foi retraduzido pela Telma Médici Nóbrega e relançado pela Editora Objetiva. Em 2013, a tradução passou por uma revisão e o livro recebeu o novo título de Salem pela Editora Suma.