A Zona Morta (1979)

Ficha técnica

Título Original: The Dead Zone
Título Traduzido: A Zona Morta (1979 – Presente)
Ano de Publicação: 1979
Data de Publicação nos EUA: 01/08/1979
Personagens Principais: Sarah Bracknell, John Smith, Sam Weizak e George Bannerman Callahan, Matt Burke
Cidades da História: Castle Rock, Phoenix, Salt Lake City
Estados da História: Arizona, Utah, Maine, New York e New Hampshire
Adaptações: Na Hora da Zona Morta (1983)
Derivados: O Vidente (2002/2007)
Disponível no Brasil pelas Editoras: Record (1979) – Círculo do Livro (1988) – Abril Cultural (1985) – Objetiva (2008) – Ponto de Leitura (2009) – Editora Suma (2017)

Sobre o livro

The Dead Zone (A Zona Morta, no Brasil) foi o quinto romance lançado por Stephen King, em Agosto de 1979, logo após o sucesso de público e crítica “The Stand” (A dança da morte) e conta a história de John Smith, um homem cuja vidinha comum estava prestes a mudar.

John possuía uma família comum. Pais carinhosos e uma namorada linda, até que, na véspera de Halloween ele sofre um terrível acidente de carro que o deixa em coma por quatro anos. Quando acorda, John descobre que sua vida inteira mudou nos últimos anos em que passou em coma. Como se não bastasse isso, John também descobre que a tragédia acabou ativando, por acidente, uma estranha habilidade relacionada a uma zona inativa (uma zona morta) em seu cérebro. Ele passa então a descobrir informações relacionadas ao passado e ao futuro das pessoas com um simples toque nelas. Entretanto, o que para muitos seria considerado como um dom, para John se transforma em uma maldição com o passar do tempo. Ao apertar a mão de um politico, John tem uma terrível visão que diz respeito a um futuro pós-apocalíptico de proporções bíblicas. Agora ele precisa correr contra o tempo para evitar uma possível Terceira Guerra Mundial.

Diferente do que muitos leitores pensam, Stephen King não escreve apenas livros de terror (apesar de ser reconhecido como “o mestre do terror moderno” e de ter igualmente influenciado inúmeros autores do gênero que surgiram posteriormente). A Zona Morta é um belo exemplo disso. Se espalhando por cerca das 600 páginas que compõem esse volume (essa crítica foi feita tendo como base o exemplar publicado pelo selo Ponto de Leitura) temos um drama muito bem elaborado. Avançando aos poucos pelo texto, como já é de se esperar, King mergulha o leitor no universo desconhecido da Zona Morta de maneira completa. A psique dos personagens, seus medos e angustias, as subtramas muito bem entrelaçadas, a dúvida que paira na cabeça daqueles que acompanham o protagonista, tentando decifrar se sua habilidade é um dom ou uma maldição… Tudo isso torna o romance mais sólido, apesar do tema pouco crível. Mas convenhamos, quem melhor do que Stephen King para transformar temas fantásticos ou sobrenaturais em algo plenamente palpável?

Em 1983 o diretor David Cronenberg adaptou o romance para o cinema com o título também de “The Dead Zone” (que no Brasil virou “Na Hora da Zona Morta”), com Christopher Walken no papel de John (veja nossa crítica aqui). Outra adaptação foi feita, mas dessa vez para a TV em uma minissérie que durou de 2002 até 2007 e que, apesar de interessante, não tem muito a ver com o romance original.

Curiosidades e referências

No seriado “Os Simpsons” no episódio “A Casa dos Horrores XV” Ned Flanders tem um tumor cerebral cirurgicamente removido e passa a ver a morte das pessoas que toca. A referência não poderia ser mais clara, já que o título desse seguimento é “The Ned Zone”.

Concorreu ao Locus Award, em 1980.

É possível que a história seja inspirada no vidente Peter Hurkos, que alegou poder saber de coisas sobre uma pessoa apenas tocando seus objetos (psicometria), após sofrer uma queda de escada em que bateu a cabeça.

Em Os Simpsons, no episódio “A Casa dos Horrores XV”, há um seguimento chamado “The Ned Zone“, em que Ned Flanders tem um tumor cerebral cirurgicamente removido e passa a ver a morte das pessoas que toca (e que acabam sempre acontecendo).

Em Aqua Teen: O Esquadrão Força Total, no episódio “The Meat Zone“, o personagem Almôndega passa a ver o futuro.

Conexões

A ZONA MORTA E A TORRE NEGRA: Nigel, o robô de A TorreNegra: Volume VII – A Torre Negra, leu A Zona Morta e o achou “muito divertido”.

A ZONA MORTA E PESADELOS E PAISAGENS NOTURNAS: O repórter Richard Dees mais tarde seria protagonista da história “O Piloto da Noite”, do livro “Pesadelos e Paisagens Noturnas: Volume I”.

A ZONA MORTA E OS ESTRANHOS: O repórter David Bright, reapareceria no romance “Os Estranhos”.

A ZONA MORTA E SACO DE OSSOS: A Feira de Fryeburg, mencionada por Sarah Bracknell, também é mencionada em Saco de Ossos.

A ZONA MORTA E FRANK DODD: Frank Dodd, o maníaco que aparece no livro, é mencionado algumas vezes nas futuras obras de King, como Cujo, Métade Sombria, Trocas Macabras e A Coisa.

A ZONA MORTA E JERUSALEM´S LOT: Johnny menciona a cidade de Jerusalem’s Lot numa conversa ao telefone com seu pai. Já o Xerife Bannerman, menciona a cidade de Lisbon Falls, que é onde fica a fabrica de gesso onde Landon “Sparky” trabalha. Mesma cidade que alguns fugitivos da prisão Shawshank foram recapturados e que Jake Epping mora e leciona no inicio de Novembro de 63.

A ZONA MORTA E A TORRE NEGRA: Johnny joga o número 19 na roleta para ganhar o lote grande, menção ao número 19, numero místico da série A Torre Negra.

A ZONA MORTA E CARRIE: Patty acusa Johnny Smith de incendiar o restaurante de Cathy e menciona o livro “Carrie”.

Vídeos

Edições brasileiras

O livro foi publicado pela primeira vez pela Editora Record em 1979 e sua edição mais recente pertence à Editora Suma e foi republicado em 2017.

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