Título Original: Rose Madder
Título Traduzido: Rose Madder
Ano de Publicação: 1995
Páginas: 636 (Edição de 2011 – Ponto de Leitura)
Personagens: Rosie Daniels, Norman Daniels, Bill Steiner
ISBN: 978-85-390-0271-9
Conexões: A Torre Negra, Angústia, Desespero, A Dança da Morte, Os Estranhos
Disponível no Brasil pelas Editoras: Objetiva (1997/2001) – Ponto de Leitura (2011)
Sinopse/Crítica
Rose Madder foi outro livro do King que li sem ter a mínima idéia do que viria pela frente. E gostei do que encontrei. Uma coisa que me surpreendeu foi que me sentia mais presa à parte comum do livro do que na parte sobrenatural. Já de inicio conhecemos Rosie e como é sua vida. Ela está sofrendo um aborto porque apanhou do marido, já que estava lendo um livro que não o agradava. Ela vive com Norman durante 14 anos, sempre com medo, sem ter a opção de ir a polícia, já que Norman é policial e todos os policiais são irmãos, de acordo com ele. Se você nunca entendeu por que uma mulher que apanha constantemente do marido, não toma alguma atitude, qualquer uma, esse livro pode lhe ajudar a entender o medo. Medo de absolutamente tudo, do presente e do futuro.
Tudo muda na vida de Rosie em um dia como qualquer outro enquanto ela troca a roupa de cama e se depara com uma gota de sangue que escorreu do seu nariz depois da surra na noite anterior. O fato que King nos mostra de que às vezes pequenas coisas, que são completamente insignificantes para outras pessoas, podem mudar tudo em nossa vida, é impressionante. Rosie olha a gota de sangue e percebe que um dia Norman pode matá-la, sempre soube disso, mas… e se não matar? E se ela sobrevivesse por mais 14 anos?
Então Rosie finalmente acorda. Pega sua bolsa e o cartão do banco de Norman (ele deixa em casa porque nunca suspeitaria que Rose pudesse roubá-lo) e sai de casa. Só com a roupa do corpo, sem mesmo pentear os cabelos.
Vai até a rodoviária e compra uma passagem para um lugar que considerava longe o bastante. Chegando ao seu destino, Rosie consegue ajuda no terminal de um homem que a indica para uma associação chamada Filhas e Irmãs.
Rosie passa dificuldades, ainda sente dores, mas começa a viver de verdade, a se sentir livre e feliz. Ela lembra-se então do anel de noivado, que de acordo com Norman poderia ser trocado por um carro e vai até uma loja de penhores para vendê-lo.
A loja é outro ponto onde a vida de Rosie sofre uma mudança brusca. Ela tem uma surpresa, conhece “alguém interessante”, recebe uma proposta de emprego e, a maior de todas, compra um quadro. Ela o comprou pelo motivo de que o quadro a chamou.
O quadro irá ajudar Rosie em muitos momentos e também irá assustá-la em outros, porque, claro, Norman não iria deixar a esposa fugir tão facilmente.
Uma coisa que considero essencial em um livro é o fato de o autor nos fazer torcer por personagens e também odiá-los. Nesse caso, é fácil prever que o personagem odiado é Norman.
A maioria dos capítulos nos mostra o ponto de vista de Rosie, mas alguns nos mostram o lado de Norman e entendemos o quanto ele é doente.
Como disse anteriormente, as cenas onde acontecem as perseguições de Norman a Rosie me prenderam mais do que as cenas com o quadro.
Rose Madder nos conta uma história de superação e coragem. E como é King quem escreve, ela vem com um toque de sobrenatural.
Capas
Professor de Língua Portuguesa e Literatura, graduado em Letras pela UEG (Universidade Estadual de Goiás), pós-graduado em arte/educação pela UFG, viciado em literatura de terror/suspense, amante incondicional de séries e Hq´s e fã de carteirinha do mestre Stephen King desde 1996.
Uma resposta
Li esse livro esses “dias” e gostei muito…
Achei interessante a “evolução” da personagem. Costumo não ter muito gosto por personagens femininas, mas a Rose me surpreendeu (assim como as outras mulheres da “Filhas e Irmãs”).
SPOILER:
Uma das partes que mais gostei foi o embate da Rose com o Norman no prédio aonde ela morava …acho que a cada pancada era um “AI” que eu soltava enquanto me encolhia