Longos dias e belas noites, sais!
Para fazer um pouco diferente do “Está em um livro do King…” anterior falarei de um filme mencionado no conto “Low Men in Yellow Coats” do livro “Hearts In Atlantis”, inédito no Brasil há 13 anos!
A vila dos amaldiçoados
“A vila dos amaldiçoados” é um filme arrepiante que marcou o início da década de 60. O filme teve um remake em 1995, por John Carpenter, mas que não teve o mesmo sucesso que o original.
Numa pequena vila, acontece algo muito estranho que deixa os seus habitantes inconscientes por algumas horas, e algumas mulheres ficam grávidas. Nove meses depois, as crianças nascem, e quando crescem desenvolvem poderes mentais únicos que não têm qualquer hesitação em usar, mesmo se tiverem que enveredar pelo mal. A população começa a revoltar-se contra as crianças, e fazem tudo para detê-las.
Dirigido por Wolf Rilla, este era mais um grande clássico da sci-fi dos anos 50 e 60.
É uma adaptação fiel do romance The Cuckoos Midwich de John Wyndham. O papel principal do professor Gordon Zellaby foi interpretado por George Sanders e um dos jovens “vilões” deste filme é Martin Stephens, que no ano seguinte veríamos em grande forma em “Os Inocentes”. Teve uma continuação em 1963, chamada Children of the Damned, para além do remake infeliz de John Carpenter.
Eu gosto bastante de assistir filmes de terror antigos. Acho bacana observar com as produções se desenvolveram até o ponto atual. Obviamente muitos filmes de décadas atrás ainda superam e muito a maioria das produções de hoje em dia que se sustentam em tramas sem qualquer novidade e efeitos especiais exagerados. Está aqui uma boa dica de filmes para o final de semana! Bom filme e até outro momento. Abaixo trailer do filme.
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Sobre “Hearts In Atlantis”:
Consiste em duas noveletas e três contos, todos eles interligados por personagens ou eventos de todas as histórias.
Em, Low Men in Yellow Coats, o jovem Bobby Garfield se torna amigo do velho Ted Brautigan, quando o mesmo se muda para o apartamento onde ele mora. Ted pede que Bobby leia os jornais para ele, com a desculpa de que sua vista não é muito boa. Seu interesse nos jornais, porém, não é nada casual. Ted está fugindo de um grupo de seres que querem raptá-lo, os homens maus em casacos amarelos. Tai seres estão a serviço do Rei Rubro, vilão da saga “A Torre Negra“, que precisam de Ted por causa de seus poderes de Sapador. Durante este verão inesquecível, Bobby aprendará os reais significados do amor, amizade, justiça, e terror.
Em seguida em Hearts in Atlantis, noveleta que dá o nome do livro, temos um grupo de estudantes que pouco a pouco vai piorando suas notas na Universidade do Maine, por ficarem jogando Copas (do original “Hearts”) e como eles consideram o jogo uma espécie de Atlântida, um mundo imaginário na qual podem se refugiar da guerra do Vietnã. Neste conto, o personagem principal, Peter Riley se torna amigo de Carol Gerber, que na infância foi amiga de Bobby Garfield.
Em Blind Willie, temos a história de Willie, um ex-combatente que lutou junto de John Sullivan, amigo de Bobby Garfield. Willie nunca se esqueceu de Carol Gerber, e mesmo depois de tanto tempo, ainda sente remorso por segurá-la, enquanto um de seus amigos a espancava. Para pagar por seus pecados, Willie sai pelas ruas de Nova York, vestido como um veterano de guerra cego, pedindo esmolas.
Já em Why We’re in Vietnam, John Sullivan, amigo de infância de Bobby, vai até o funeral de seu amigo, ex-combatente do Vietnã, e conversa com seu antigo tenente sobre os horrores da guerra, os legados dela, e o remorso, que para Sully-John se materializou na imagem de uma velha senhora vietnamita.
Por fim, Heavenly Shades of Night are Falling, fecha o ciclo começado no livro, quando Bobby Garfield volta para Harwich, quarenta anos depois, para assistir o funeral de um amigo, resolver alguns assuntos pendentes e questões até então sem respostas ao encontrar alguém de seu passado que ele achava que tinha morrido.
Professor de Língua Portuguesa e Literatura, graduado em Letras pela UEG (Universidade Estadual de Goiás), pós-graduado em arte/educação pela UFG, viciado em literatura de terror/suspense, amante incondicional de séries e Hq´s e fã de carteirinha do mestre Stephen King desde 1996.