Personagem da semana: O Rei Rubro

Discordia, Senhor das Aranhas, O vermelho, Ram Aballah ou O Aballah, ou mesmo “O Rei”. Estes são apenas alguns dos nomes creditados a criatura que conhecemos como “O Rei Rubro”. Seu sinal (ou Sigul, como dizemos por essas bandas, yeah Pistoleiro!) tem a forma de um olho caracterizado pintado de vermelho, conhecido como “O olho do rei rubro” e está presente em muitos dos lugares e das criaturas controladas por ele.

Em alguns extras das historias em quadrinhos publicadas pela editora marvel (no brasil pela Panini) descobrimos que o Rei Rubro é originalmente filho do lendário Arthur Eld e da Rainha Rubra, um demonio do primal que tinha em mente enganar Arthur e sua corte, encaminhando-o para uma armadilha que acabaria com o termino de suas vidas e com a semente da discórdia plantada para sempre no reino do nobre Arthur Eld.

O Rei Rubro (Fã Art)

Atenção: Os próximos parágrafos podem conter spoilers dos últimos livros: O Rei Rubro é descrito no ultimo livro da série como “um velho com face rosada, um enorme nariz em forma de gancho e tom de cera, lábios vermelhos brotando na neve de uma barba luxuriante, cabelo muito branco se derramando pelas costas quase até as nádegas esquálidas. Ele usava um manto de vermelho brilhante, salpicado aqui e ali com raios e símbolos cabalísticos. Para Susannah, Eddie e Jake, o Rei teria lembrado Papai Noel. Para Roland parecia o que era: o Inferno encarnado.” Porém, sua verdadeira forma é bem mais demoniaca e assustadora do que King revela no ultimo livro. Quando não está na forma humana ele se apresenta como uma gigantesta aranha hibrido/humana.

Sua morada é o lugar que as pessoas do Mundo Médio apelidaram de “Le Roi casse russe” (ou, “O castelo do Rei Vermelho”), e sua cor, como fica implicita no próprio nome, bastante sugestivo, é vermelha. Mas não um vermelho vivo, do tipo que se vê em pinturas de narizes de palhaços, mas sim um vermelho escuro, que remete a morte e a cor do sangue. O

brilho avermelhado pulsante do castelo (conhecido como “Forja do Rei”) pode ser visto desde Castelo Discórdia. O folclore contém muitas histórias sobre jovens homens e mulheres que foram petrificados por olhar para a “Forja do Rei”. Infelizmente, essas histórias são provavelmente baseadas em fatos, pois o brilho maléfico do castelo cativa todos que olham por muito tempo para ele.

Le Casse Roi Russe está conectado à vila de Fedic pelo Caminho do Rei, uma estrada que corta através da região inteira das Terras Ruins de Discórdia. Antes de chegar ao castelo propriamente dito, o Caminho do Rei corre pela Cidade do Castelo, uma estranha vila que padece à sombra do Le Casse Roi Russe. As ruas da Cidade do Castelo cobertas de paralelepípedos são alinhadas com casebres estreitos de teto alto, que exibem portas anormalmente finas e altas. Tudo na vila parece enganador e levemente torto – desde as ruas tortuosas até as casas. Muitas pessoas acreditam que essas casas são assombradas por fantasmas caseiros e espíritos-da-mente, sendo esses últimos uma forma particularmente maligna de demônio que causa insanidade.

Le Casse Roi Russe

Passando da Cidade do Castelo, o Caminho do Rei chega à entrada de um largo pátio de tijolos, guardado assiduamente pelas mais leais sentinelas do Rei Rubro. Esse pátio serve como campo de execução do Rei Vermelho, um lugar vil decorado com cordas e corpos pendurados de homens e taheen. Os paralelepípedos do pátio são cobertos pelo guano deixado pelos bandos de gralhas negras que assombram o castelo e se alimentam dos corpos dos mortos.

Duas torres de guarda, cada uma com o brasão do olho vermelho do Rei Rubro, se elevam do pátio externo, protegendo o complexo principal do castelo de quaisquer invasores. Entre os pátios externo e interno corre o pútrido e amarelado Rio Casse Roi Russe. Esse rio maligno, cheio de pedras negras afiadas, serve como fosso do castelo. Uma ponte de pedra arqueada atrás do portão principal do pátio serve como passagem única sobre o rio poluído.

O castelo central em si possui uma formação intrincada de torres e muralhas negras e avermelhadas que parecem desafiar as leis da física. Acima, vinte e oito passagens elevadas de pedra se cruzam e serpenteiam em diferentes níveis do castelo, facilitando o acesso entre as torres. O prédio central do castelo parece simples, adornado apenas pelo símbolo do Rei Rubro – um olho vermelho aberto – gravado no arco de pedra sobre a entrada principal. Em um estilo de arquitetura similar aos casebres da Cidade do Castelo, as janelas e portas do castelo são peculiarmente estreitas.

Seus servos incluem (mas não estão limitados a) Can Tois, Vampiros, Taheens, outros demônios e seres humanos que vivem ocultos atrás de varias empresas de fachada, em provavelmente todos os mundos ligados a Torre Negra. Entre elas estão: Sombra Corp, Trans Corp, Fundição Lamerk e Nort Central Positronics. Dente os seus servos se destaca o mais conhecido deles, Walter O´dim, que nós conhecemos muito bem pela alcunha de “O homem de preto”, “Randal Flagg” e inumeros outros nomes. Ele é o seu primeiro ministro e maior aliado. Porém, apesar de ser o seu principal agente, é fato que Walter planeja secretamente tomar o controle da torre.

O trono do Rei Rubro é feito de Caveiras. Em algum momento ele enlouqueceu e matou todos os servos do seu castelo, forçando-os a beber veneno de rato. Após isso ele cavalgou até a Torre Negra sobre o seu cavalo cinza, envolto em uma grande tempestade rubra. Após isso, em algum momento ele envolveu em escuridão um lugar chamado “Terra do Trovão” – hoje em dia a região no Mundo Médio de onde vêm a maioria dos demônios – ,embora não se saiba exatamente quando isso ocorreu. Ele é conhecido por comer seres humanos, além disso, dizem que quando o Rei Rubro fala uma criança em algum lugar morre.

Walter O´dim

Após enlouquecer e tentar subir na torre, o Rei Rubro acaba ficando preso em uma sacada do lado de fora dela. Seu intuito era dominar a Torre Negra e conquistar a escuridão Todash, que, antes de se tornar um refúgio de demônios e loucura, era onde se localizava o multiverso. Enquanto tenta em vão subir a torre, em um lugar chamado “Devar Toi” (também conhecido como “Algul Siento”) o Rei Rubro mantém seu exercito de sapadores, poderosos telepatas e psíquicos cuja única função é destruir os feixes que mantém a Torre – e, consequentemente, toda a realidade – em pé.

Com o decorrer da trama o Rei tem um filho, e seu nome é Mordred. Uma aberração, Mordred foi concebido por dois pais e duas mães. No primeiro livro da série, Roland copula com um demônio, que estoca seu sêmen; esse mesmo demônio – que pode mudar de sexo – é seduzido por Susannah e transfere esse sêmen, agora misturado ao do Rei Rubro, para ela. O demônio Mia acaba se instalando no subconsciente de Susannah e juntas elas dão à luz Mordred. A criança que se desenvolve de maneira absurdamente rápida, passando de bebê a adolescente em poucas semanas, é meio-deus, meio-humano e tem a capacidade de se transformar em uma aranha gigantesca que, ao se alimentar, absorve a força e conhecimento de suas vítimas.

Mordred foi gerado (como diziam as profecias) com o objetivo único de matar Roland e seu Ka-tet, impedindo-os de chegar à Torre Negra.

Fontes:
projeto19.com
Dark Tower: End-World Almanac

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3 Responses

  1. O Rei rubro é o puro mal mesmo…é pior do que o Randall Flagg, digo isto porque quem leu o primeiro volume da Torre Negra compreende no dialogo do R.F. com o Roland que ele não é 100% mal, na minha opinião o R.F. é uma criatura caótica que curte agir como platéia em alguns eventos (em outros momentos só gerar destruição mesmo) e também de vez em quando dar “dicas” para um lado ou outro. Só não vou entrar em maiores detalhes para não soltar spoillers…

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