Título Original: Oksa Pollock – L’Inespérée
Título Traduzido: Oksa Pollock e o Mundo Invisível
Autoras: Anne Plichota e Cendrine Wolf
Editora: Suma de Letras
Tradução: Jorge Bastos
Páginas: 428
Recebemos a missão (nem um pouco árdua e devo acrescentar, muito prazerosa) dos nossos parceiros da Suma de Letras de lermos um dos seus mais recentes lançamentos, o romance francês de fantasia “Oksa Pollock e o mundo invisível” da dupla de autoras Anne Plichota e Cendrine Wolf. A primeira impressão que tive, admito, foi a de que se tratava de mais um sucesso literário movido apenas pelo embalo dos órfãos do menino Potter e da Srta. Rowling. Lerdo engano! Só me bastaram algumas poucas páginas para mergulhar de vez no universo fantástico e divertidíssimo da pequena Oksa Pollock e seus amigos.
A história, como sugere o próprio título, gira em torno de uma garotinha de 13 anos e gênio forte chamada Oksa Pollock, que no inicio do romance acabara de se mudar da França para a Inglaterra, com seus pais e com a família do seu melhor amigo, Gus. Em meio às turbulências emocionais provocadas pelas recentes e drásticas mudanças em sua vida Oksa percebe que algumas coisas fora do comum começam a acontecer com ela, depois que uma marca em forma de estrela aparece ao redor do seu umbigo. Desorientada, ela busca ajuda nos conselhos da sua excêntrica avó Dragomira. Não demora para que Oksa descubra que ela (assim como toda a sua família) veio de um lugar distante, uma outra dimensão chamada Edefia, um reino prospero e mágico onde todos os moradores tinham superpoderes semelhantes aos que Oksa passara a experimentar quando surgiu a marca ao redor do seu umbigo. Paralelo a essa descoberta, Oksa passa a enfrentar diversos problemas na escola, sendo que o principal deles é o seu malvado professor de matemática, que ela desconfia ser um agente secreto a serviço do governo. Soma-se a isso o assassinato de um jornalista cujos principais suspeitos, na visão da própria Oksa, são os membros de sua própria família, e temos um quebra-cabeças bem divertido, repleto de seres mágicos (alguns com características bem engraçadas, como os Foldingodos, criaturinhas que possuem um vocabulário bem extenso e que não tem dó de usá-lo rs), plantas falantes, supervilões, heróis e traidores, além e uma infinidade de nomenclaturas que formam um verdadeiro glossário de seres oriundos do mundo de Edefia.
Com um enredo enxuto, mas bastante perspicaz e repleto de diálogos consistentes (que inclusive deixa umas boas pontas soltas para serem exploradas nos outros volumes da série que provavelmente também serão lançados pela Suma) Anne Plichota e Cendrine Wolf souberam criar um universo que, apesar de fantasioso, é tão rico em detalhes que chega quase a ter vida própria (particularmente fiquei bastante curioso em saber como está o mundo de Edefia depois que os nossos heróis o deixaram para trás). Os personagens cativantes também não deixaram a desejar. Além do gênio forte da nossa quase especialista em artes marciais, Oksa Pollock, temos o sempre fiel amigo Gus, os prestativos e engraçadíssimos Foldingodos, dos quais já falamos anteriormente, a avó excêntrica de Oksa, Dragomira (que, assim como Oksa, logo revela seu papel de extrema importância para o desenrolar da trama) e, é claro, o vilão extremamente antipático Sr. McGraw, sempre disposto a transformar (ou pelo menos tentar) a vida da pobre Oksa num inferno. Paro por aqui para evitar mais spoilers.
Então essa é a nossa dica literária da semana para os aficionados por literatura fantástica (ou até mesmo para os que não são. Aposto que se lerem duas páginas pelo menos de “Oksa Pollock e o mundo invisível” vocês não vão mais conseguir largar o livro até terminá-lo). Estou contando os dias para o lançamento da continuação.
Segue abaixo o book trailer do livro divulgado pela Suma.
Professor de Língua Portuguesa e Literatura, graduado em Letras pela UEG (Universidade Estadual de Goiás), pós-graduado em arte/educação pela UFG, viciado em literatura de terror/suspense, amante incondicional de séries e Hq´s e fã de carteirinha do mestre Stephen King desde 1996.