Adaptação da semana: Cemitério Maldito (1989)

Título original: Pet Sematary

Gênero: Terror, Suspense

Duração: 103 minutos

Ano de lançamento: 1989

Direção: Mary Lambert

Produção: Richard P. Rubins

Roteiro: Stephen King

Música: Elliot Goldenthal

Orçamento: $11.500,000

Elenco: Denise Crosby (Rachel Creed), Fred Gwynne (Jud Crandall), Dale Midkiff (Louis Creed), Miko Hughes (Gage Creed), Blaze Berdahl (Ellie Creed).

Trailer

Resenha

A família Creed acaba de mudar e todos acreditam que serão felizes no novo lar.

Próximo a nova casa, há uma pequena trilha que o novo vizinho, Jud Crandall, lhes revela ser o caminho até um Cemitério de Bichos, feito e mantido por crianças que tem seus animais de estimação mortos na estrada. Estrada essa que está bem próxima a casa dos Creed.

O pequeno e inofensivo cemitério guarda um segredo que Louis Creed começa a descobrir no primeiro dia de trabalho, na enfermaria da universidade, onde um dos alunos morre, não sem antes dar um recado. Há uma extensão do cemitério e ele guarda segredos mesclados com uma magia antiga e assustadora.

Crítica

Gostei dessa adaptação. Antes de ver, por ser um filme de 89, pensei que algumas cenas, como as do gato da família, Church, ficariam horríveis, mas me surpreendi.

Mesmo sendo antigo não há nenhuma cena que você ri de tão feia, muito pelo contrário, algumas são ainda assustadoras.

Gostei muito das cenas da irmã de Rachel. No livro ela tem um profundo trauma com relação a morte e isso é repassado ao filme. O modo como a irmã morreu e o trauma que causou são muito bem tratados.

Outras cenas que poderiam ser engraçadas e não foram, são as com Gage. Não vou falar muito para evitar spoilers, mas as cenas com a criança no final ficaram convincentes.

A adaptação ficou boa porque não houve muitas mudanças. Elas acontecem, como, Jud no filme não tem esposa, ou se tem, ela nunca aparece. A babá da família também ganha muito mais destaque. Porém nada disso atrapalha o desenvolvimento da trama.

Há uma aparição de Stephen King no filme que, para mim, mesclou emoções, como engraçado, estranho e ótimo.

Não gostei de uma única coisa: a interpretação de Dale Midkiff. Ele não consegue passar a emoção que as cenas carregam. Ele fica com uma só expressão em todas elas e isso estraga o clima um pouco.

Tirando Dale, o restante do filme é muito bom. Conseguiram manter a história do livro sem grandes alterações – acho que isso se deve a King fazer o roteiro – e colocaram o terror na medida certa. Não se focaram demais nem em um nem no outro. Recomendo!

Curiosidades

  • Quando Rachel desce do caminhão, os números “666” aparecem em sua lateral.
  • A idéia para a história surgiu quando o gato da filha de Stephen King – Smuckey – foi morto na rodovia próxima a sua casa.
  • O papel de Zelda, a irmã moribunda de Rachel, foi interpretado por um homem. Era exigida uma aparência muito magra e não haviam mulheres magras o suficiente.
  • Sete gatos foram usados para interpretar o papel de Church
  • Stephen King exigiu que o filme fosse filmado no Maine e que seu roteiro fosse seguido rigorosamente.
  • A história foi inspirada em fatos reais que ocorreram enquanto King estava vivendo em Orington, Maine com sua família. Ele lembrou que, enquanto vivia lá, o gato de sua filha foi morto na estrada. Grande parte da explosão emocional de Ellie Creed foi inspirada diretamente na filha de King. Ele também lembrou que uma vez que seu filho mais novo quase correu para a estrada, enquanto um caminhão estava em alta velocidade, assim como Gage faz no filme. O personagem de Judd Crandall foi baseado no vizinho idoso que vivia do outro lado da estrada de King. Também havia um cemitério de animais real na floresta atrás da casa de King, que se tornou a base para o do romance.
  • Fred Gwynne tingiu o cabelo de branco para o papel de Judd Crandall.
  • O roteiro original contava com o “Wendigo” (um demônio nativo americano) que foi mencionado no romance, mas acabou sendo cortado do filme. Sua presença é apenas implícita, uma vez na cena em que Louis está andando pela floresta durante a noite e ouve algo grande derrubar uma árvore.
  • Stephen King é um grande fã dos Ramones e há referências de algumas canções no livro. Em homenagem, os Ramones escreveram e cantaram a canção tema “Pet Sematary”, que é usada nos créditos finais do filme.
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4 Responses

  1. o filme baseado no meu livro favorito do king !
    eu sempre achei que o Louis passava o filme inteiro com as mesma expressão facial,então concordo 100% com o autor do post.

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